No último dia 06 de julho, em Belo Horizonte, o PCdoB Minas Gerais realizou seu Seminário Político, Eleitoral e de Estruturação Partidária com muito êxito e envolvimento de lideranças de diversas cidades do estado.
Estiveram representados 44 comitês municipais, em um total de 145 participantes, que debateram temas candentes da conjuntura política e eleitoral do país bem como do Estado de Minas Gerais.
Pela manhã do sábado a mesa mediada por Francisco Rubió trouxe a participação de Nádia Campeão – dirigente nacional e responsável pela análise da conjuntura nacional. Nádia ressaltou as dificuldades que se impõem à classe trabalhadora com a ascensão de um governo de extrema direita ao poder. A dirigente deixou claro aos participantes as três vertentes que perpassam a visão bolsonarista no poder político brasileiro: autoritário na política, ultraliberal na economia, e retrógrado nas pautas dos costumes. Salientou que é necessária uma frente ampla e democrática para a resistência ao momento, que ultrapasse uma frente apenas de esquerda e que a defesa de um projeto nacional de desenvolvimento para o país deve ser a tônica de sensibilização da opinião pública a partir de um rumo de recuperação econômica e da soberania do Brasil.
Em seguida, o presidente do PCdoB de Minas, Wadson Ribeiro, prosseguiu à análise da conjuntura estadual sob a égide do governo Romeu Zema, do Partido Novo, cuja pauta muito se assemelha à condição nacional no que tange às questões econômicas. Wadson alertou os participantes sobre a vertente privatista do governo do estado como justificativa para a recuperação econômica. Segundo ele, a privatização de quaisquer das empresas estaduais não trazem impactos positivos sobre a dívida de Minas Gerais representando, de fato, uma perda de seu patrimônio público. Para o PCdoB o problema financeiro do estado de Minas Gerais poderia ter solução no impasse trazido pela Lei Kandir (lei que suspendeu o repasse de ICMS de commodities dos estados), pela qual a União deve cerca de 130 bilhões de Reais aos mineiros, quantia que supera em muito a dívida do estado com a União. Chamou a todos militantes e lideranças a ficarem atentos aos próximos passos do governo do estado uma vez que o mesmo mandará para a Assembleia Legislativa do estado uma proposta de emenda constitucional que retira da constituição mineira a prerrogativa dos cidadãos decidirem sobre a privatização do patrimônio público por meio de referendum popular.
Estiveram presentes também, nessa análise, o deputado estadual Celinho do Sinttrocel (PCdoB MG) e o vereador Gilson Reis (PCdoB – BH)0, ambos reforçando a necessidade de resistência e de luta dos comunistas mineiros.
As mesas da tarde focaram em debates sobre a estruturação partidária, comandadas por Richard Romano, Andréia Diniz, Zito Vieira e Fernando Máximo, com grande debate e participação e envolvimento da militância presente.
Na oportunidade, Wadson saudou com muito entusiasmo os quadros do PPL e que engrossam qualitativamente as fileiras comunistas pelo país afora, fato que foi muito bem recebido pela militância presente ao Seminário.
As perspectivas para as eleições 2020 foram bastante positivas com a avaliação de muita representatividade de chapas municipais a serem constituídas e muita disposição para a luta e unidade entre os integrantes do Partido Comunista em Minas Gerais.
Comissão de comunicação do PCdoB Minas Gerais
Texto: Clarice Barreto
Fotos: Matheus Marotta