Escolha uma Página

A tradição histórica de Minas é a dos inconfidentes. Lutar pela liberdade, contra os desmandos de governos autoritários e contribuir para encontrar os melhores caminhos para os dilemas do Brasil. O governo Zema (Partido Novo) é o exato oposto desse espírito. Desde o início de seu governo, Zema tem sido um dos governadores mais fieis a Bolsonaro. Mesmo quando quase todos os governadores se uniram para exigir do presidente da República respeito às instituições democráticas e espírito público no enfrentamento à pandemia, Zema escolheu o lado do mensageiro da morte. O governo de Minas nunca desempenhou papel tão minúsculo e vexatório na política nacional.
O governador de Minas adota essa atitude na vã esperança de que terá tratamento privilegiado no Palácio do Planalto. Mas, tudo que tem conseguido é deixar Minas à deriva. Seu governo inepto no combate à pandemia repete a mesma inoperância diante dos desastres provocados pelas chuvas no último verão. Com o agravante de que a perda de vidas poderia ser menor se o governo tivesse se colocado o firme proposito de fortalecer o isolamento social. Resultado da conivência de Zema com a política genocida de Bolsonaro, Minas é um dos estados com maior subnotificação de coronavírus e a ocupação dos leitos de UTIs se aproxima da capacidade máxima, prenunciando o aprofundamento do sofrimento da população.

Governo Zema vê seu tempo esgotar, a crise se aprofundar e continua insistindo na mesma agenda que buscava aplicar antes da pandemia: vender o patrimônio público e reduzir os serviços públicos e diretos dos servidores. O governo continua dando passos para a privatização da CEMIG, COPASA e CODEMIG. Submetida à logica privatista, a COPASA chega ao absurdo de realizar uma campanha publicitária cobrando o pagamento em dia das contas de água, mesmo diante da forte redução da renda das famílias, sobretudo mais pobres, por conta da crise. Isto é uma amostra de como a empresa atuará se for vendida para empresas privadas.

Como o PCdoB já tem dito, as empresas estatais são um patrimônio construído ao longo de muitas décadas pelo povo mineiro. São instrumentos poderosos para a construção de um projeto de desenvolvimento estadual que tenha como meta a redução das graves desigualdades regionais, a recuperação da nossa indústria e redução da dependência de Minas da exportação do minério bruto e do agronegócio. Para sairmos dessa grave crise, as estatais são fundamentais. Se a privatização já era um mal negócio antes da pandemia, agora, com o aumento da pobreza e do desemprego, se torna um verdadeiro crime contra o povo mineiro. Não vamos permitir.
Recentemente, o governo enviou à ALMG a proposta de reforma da previdência dos servidores estaduais sem, como de praxe nesse governo, sem debate com esse segmento da classe trabalhadora.

Essencialmente, a proposta representa um ataque ao direito dos servidores públicos de desfrutarem de uma aposentadoria digna. O PCdoB, por meio do mandato do deputado estadual, Celinho do Sinttrocel, presidente da Comissão de Trabalho da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa, lançará mão de todos os instrumentos legais para garantir a realização de um amplo debate na sociedade sobre o tema.

Na atual fase da luta democrática toma relevância a realização das eleições municipais. A sociedade levantará suas urgências e a disputa pelas saídas para a crise brasileira se intensificará. O PCdoB em Minas se prepara desde às bases para essa batalha.

Lançou pré-candidatos para prefeito e vereadores para que se tornem porta-vozes da vontade popular em defesa da Democracia, da vida e dos direitos do povo. O PCdoB terá candidatos a prefeito prioritariamente nas maiores cidades de Minas, entre elas, Belo Horizonte, com Wadson Ribeiro, Ribeirão das Neves, com Doutor Getúlio, e Uberlândia, com o professor Edilson Graciolli, Varginha com Jonas Loureiro e Montes Claros.

Comitê Estadual do PCdoB em Minas

27 de junho de 2020