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O fato é que, apesar de todas as dificuldades, apesar da chuva, da pane nos equipamentos, das filas imensas, o povo VOTOU. A participação ultrapassou a eleição passada. E nenhuma denúncia de fraude processual foi apresentada. O resultado das eleições tem que ser RESPEITADO.

Essa eleição deve servir de aprendizado.

São muitos os equívocos. Não houve divulgação institucional suficiente, para orientar e sensibilizar a população a votar em um tema tão sensível.

1 – O principal gargalo foi a precária estrutura, dificultando o fluxo. Poucas máquinas para cada ponto de votação. Isso demonstra uma subestimação sobre a vontade do povo participar. Disso estamos livres no próximo ano porque temos as urnas eletrônicas.

2 – Completa dispersão das forças progressistas. Só nos últimos dias saíram as listas das candidaturas confiáveis. Durante a votação não tinha um centro que testasse as denúncias e buscasse solução. Poderia ser uma articulação em defesa da democracia: OAB, centrais sindicais, entidades estudantis, populares.

3 – Não houve fiscalização formal que registrasse os abusos do poder econômico, distribuição de cestas, uso de ônibus e outros. O sistema de fiscalização, quando da mudança para o voto impresso, foi improvisado em algumas regionais. Mas, repito, não houve fraude processual que comprometesse o resultado da eleição. Os candidatos e seus apoiadores estiveram atentos. Apesar dessas dificuldades, mesmo com a volta das chuvas, quando o prazo foi ampliado o povo voltou às filas.

Parabéns aos resistentes. Jô Moraes. Presidenta do PCdoB-BH