Fala camarada é uma série que inicia-se hoje. Novos filiados ao Partido, lideranças municipais, pré-candidatos conversarão com os internautas através da página do PCdoB Minas Gerais.
O primeiro convidado é o Vereador Professor Diogo, eleito pelo Partido Pátria Livre, incorporado ao PCdoB em 2019, Professor Diogo assumiu com muita garra e convicção o PCdoB em Timóteo.
Na entrevista abaixo Professor Diogo
1) Em Abril deste ano o PCdoB recebeu em seus quadros o vereador Professor Diogo da cidade de Timóteo. Eleito pelo Pátria Livre, incorporado em 2019 ao PCdoB. Fato que causou grande alegria no PCdoB em toda Minas Gerais. Quem é Professor Diogo?
Nasci em Timóteo, filho de uma família da classe trabalhadora. Cursei quase toda a minha formação escolar em escolas públicas e fiz parte da primeira geração de minha família a ter acesso ao ensino superior. Graduei-me em História, o que me permitiu concretizar o sonho de tornar-me professor. Graduei-me, posteriormente, em Ciências Sociais e cursei pós-graduações em ensino de Sociologia e História da África. Buscando sempre o aprimoramento intelectual e profissional, sou, atualmente, graduando no curso de Direito. Em minha atuação como docente, fui professor na Escola Batista de Acesita, no CEFET-MG Campus Timóteo e no Unileste-MG. Desde 2015 sou professor no Colégio e Pré-Vestibular Fibonacci, em Ipatinga e Timóteo. Filiei-me em 2016 ao Partido Pátria Livre (PPL, posteriormente incorporado ao PCdoB) e concorri a uma cadeira na Câmara Municipal de Timóteo nas eleições daquele ano. Fui eleito com 723 votos, sendo o sexto mais votado da Casa Legislativa. No início de 2017, ocupei por um curto período o cargo de Secretário Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer. Retomando minhas funções na vereança, passei a exercer um mandato marcado pela dedicação às pautas da educação, dos Direitos Humanos e da defesa do serviço público. Em 2018, diante da realização de eleições extemporâneas em Timóteo, fui escolhido para compor uma chapa como candidato a vice-prefeito. Ainda em 2018, fui eleito Presidente da Câmara Municipal para o biênio 2019-2020. Nessa função, tenho buscado exercer um mandato marcado pela austeridade nos gastos, pela valorização dos servidores, pela transparência nos atos da Câmara Municipal e pela defesa firme da independência e das prerrogativas do Poder Legislativo.
2) O momento da história do Brasil é absolutamente delicado. Combina-se crise sanitária, com política e econômica. Neste momento qual a importância de um partido como o PCdoB, na véspera de seu centenário, para o país?
O PCdoB carrega em sua bagagem quase um século de luta e compromisso com o povo brasileiro. Como poucos partidos no país, conciliamos o embasamento teórico com a capacidade de interpretar as conjunturas do presente, elaborando propostas e alianças estratégicas e necessárias. Somos herdeiros de uma rica tradição de pensamento de esquerda, mas não caímos no tradicionalismo estéril, na medida em que soubemos elaborar um caminho brasileiro, autêntico, para a construção de uma sociedade onde possamos ser, nas palavras de Rosa Luxemburgo, “socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.
3) As eleições municipais se aproximam. Qual o quadro político da cidade e qual projeto do partido para enfrentar essa situação?
O PCdoB em Timóteo acolheu com grande satisfação o Movimento 65, a plataforma cívico-eleitoral que o partido desenvolveu para enfrentar o pleito de 2020. Trabalhamos com a hipótese de propor uma candidatura majoritária, mas nossa prioridade é apresentar à cidade uma chapa sólida de candidatas e candidatos à Câmara Municipal. Nesse processo, temos utilizado todas as ferramentas disponíveis para mostrar ao povo timotense o nosso compromisso com a democracia, com os direitos de nossa gente, sobretudo as parcelas menos favorecidas, e a capacidade que temos de compreender os problemas e desafios da cidade e apresentar soluções para eles.
4) Qual a marca do Vereador Professor Diogo neste mandato?
O mandato que tenho exercido se estrutura a partir de três pilares fundamentais. Primeiro, o resgate do papel constitucional da vereança, que é fiscalizar em favor dos interesses da população e propor boas leis para a cidade, rompendo com uma tradição assistencialista que, infelizmente, ainda é muito comum nas Câmaras municipais. Em segundo lugar, a ênfase na ação do mandato como porta-voz das diversas forças sociais presentes na cidade; para tanto, promovemos inúmeras audiências públicas e encontros de formação política, presenciais e virtuais, por compreendermos que o vereador é, antes de tudo, um representante, cabendo-lhe preservar sempre abertos os canais de comunicação com os seus representados. Por fim, o mandato se revestiu da imensa responsabilidade de ser a única representação da esquerda em uma legislatura majoritariamente conservadora, travando diversos embates para deter retrocessos graves (a exemplo da luta bem-sucedida contra o famigerado projeto “Escola sem Partido”, que conseguimos derrotar em Timóteo) e garantir vez e voz para a defesa do serviço público de qualidade, das pautas da educação pública municipal e dos direitos das mulheres, da população negra, das pessoas com deficiência, da criança, do adolescente e da juventude e da comunidade LGBT+